Especialista explica como funciona a limpeza de caixas de gordura

Limpeza Caixa de Gordura e Desentupimento

Descarte adequado de resíduos e limpeza da caixa de gordura são medidas contra entupimentos; especialista fala sobre as técnicas para casas, bares e restaurantes

“A limpeza da caixa de gordura deve ser realizada, em média, de seis em seis meses. Passando desse tempo, alguns indícios começam a surgir”

Para além do entupimento e seus transtornos para os próprios moradores, o descarte inadequado de resíduos como óleo de cozinha em pias e vasos sanitários pode ocasionar problemas para a cidade e para o meio ambiente. A cada ano, são consumidos três bilhões de litros de óleos vegetais no Brasil, segundo a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).

Para Gleison Pinheiro, diretor da PUMJIL, empresa que presta serviços de desentupidora de esgoto em São Paulo, SP, o cenário é preocupante, já que estimativas sobre o consumo de óleo de cozinha indicam que um a cada quatro litros de óleo consumido no país é descartado de modo incorreto.

“Isso indica que, em média, mais de 700 milhões de litros de óleo são lançados ao meio ambiente, sem o devido cuidado e controle, a cada ano, conforme dados coletados junto aos fabricantes”, complementa.

Neste cenário, surgem iniciativas públicas e privadas como a da Prefeitura de São Paulo, por meio da SVMA (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente) em parceria com o Instituto Triângulo. Em 2021, o projeto coletou 1,7 milhão de litros de óleo de cozinha que se transformaram em 155 mil barras de sabão biodegradável e 1,5 milhão de litros de biodiesel.

“Ações como a da Prefeitura paulistana são essenciais para a qualidade de vida das pessoas e para a preservação do meio ambiente, e devem ser acompanhadas da atenção de cada cidadão à própria rede de esgoto, o que inclui as caixas de gordura, que merecem um alerta redobrado”, afirma.

Caixa de gordura exige atenção periódica

Pinheiro explica que o passo a passo para a limpeza de caixas e colunas de gordura começa com a separação dos equipamentos. “Depois, retiramos a tampa, puxamos a cesta de limpeza e constatamos vários detritos que o item acaba barrando. Em seguida, eliminamos o excesso de resíduos e higienizamos a cesta com jatos de pressão, para concluir com o reposicionamento da tampa de forma correta”.

Neste ponto, o especialista destaca que a tecnologia tem avançado nos últimos anos, com a oferta de equipamentos que facilitam os trabalhos de desentupimento. “O sistema de hidrojateamento se mostra ideal para limpeza de caixas e colunas de gordura, Com ele, lançamos jatos de alta pressão, o que garante que qualquer resíduo ou crosta seja removido, deixando o local como novo”.

Mas, nem tudo são flores, prossegue o diretor da PUMJIL. Entre as principais dificuldades no processo de limpeza, ele destaca que, como o local é escuro, acumula mau cheiro, e por isso é comum se deparar com bichos mortos e muitas baratas.

Outro ponto destacado por Pinheiro é que há diferenças significativas no acúmulo de gordura nas caixas e colunas de casas em relação a bares e restaurantes. “Os restaurantes trabalham com excesso de comida. Assim, muitos locais jogam somas de resíduos no ralo, agravando ainda mais o entupimento com acúmulo de gordura”.

Ainda assim, o especialista esclarece que não há diferenças nos métodos de limpeza a serem aplicados em cada local, sendo que o que difere, muitas vezes, é o diâmetro das caixas de gordura.

“Para concluir, vale destacar que a limpeza da caixa de gordura deve ser realizada, em média, de seis em seis meses. Passando desse tempo, alguns indícios começam a surgir, como mau cheiro, o escoamento lento da água da pia, o transbordamento da caixa e o aparecimento de insetos”, finaliza.
Para mais informações, basta acessar: https://pumjil.com.br/

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